Sobre os bens culturais que nós,
colonialistas, roubamos em África, segundo a inenarrável deputada portuguesa JOACINE
KATAR …
Perante o Dr. ANDRÉ VENTURA, o Dr. RICARDO SÁ FERNANDES espalhou-se ao comprido, estatelando-se com a cara na calçada ao acusar de antipatriota (que não tem amor à pátria) um HOMEM a quem toda a gente decente deste país reconhece como pessoa de bem.
O Dr. ANDRÉ VENTURA, devia servir de exemplo pelas provas dadas do seu patriotismo, pois, como advogado, não anda a defender corruptos…
O Dr. SÁ FERNANDES, tem obrigação de ter um background cultural suficientemente amplo para não cair na tentação de baralhar o público com a defesa da castração química de pedófilos, ou a pena de morte para graves crimes de sangue, defendidas pelo partido do Dr. André Ventura; evitando deste modo cometer tantos dislates…
Que os seus “companheiros de viagem” andem por maus caminhos, isso é lá com eles, mas que o Dr. SÁ Fernandes vá na sua peugada, isso é lamentável, senão, trágico….
Devia saber, por exemplo, que nós fomos uma fonte de civilização em África, onde deixamos um grande património cultural e civilizacional que em nada nos envergonha se comparados com outros povos europeus. Por isso, nada temos a devolver (o que nem sequer até agora nos foi pedido), e são dispensáveis os delírios de uma deputada acéfala e exibicionista, que o Senhor veio à praça defender …
O Dr. Sá Fernandes devia saber, pois tem obrigação cultural para isso, que os bens oriundos de África, cuja devolução vem sendo pedida por vários países desse continente, assim como por países do sul da Europa que também foram pirateados, foram saques de guerra, o que nada tem a ver com as colecções etnográficas e etnológicas africanas reunidas — pacificamente — pelos portugueses, e dispersas por alguns museus nacionais.
Caso essas peças tivessem ficado em África, não teriam sobrevivido ao tempo, tal como os milhares de peças de arte que lá deixamos, desprezadas e ao abandono, como sucedeu a centenas de obras de estatuária e pintura, sobre a História que temos em comum com esses povos.
Para o DR. SÁ FERNANDES, o DR. ANDRÉ VENTURA não é um patriota, apesar de se opor à devolução dos bens culturais que reunimos – pacificamente, repito – nas então colónias portuguesas de África. Patriota é a indescritível deputada JOACINE KATAR (nome bem português...), que se propõe (patrioticamente?) ao confisco do nosso património museológico...
Melhor seria que a dita senhora JOACINE fizesse alguma coisa útil em prol do país — que ela diz também ser seu, apesar de o querer espoliar —, e, na qualidade de deputada, reivindicar à França a devolução do saque cirúrgico feito pelas invasões francesas sob as ordens de Napoleão, pelo seu executor, o célebre naturalista e zoólogo Geoffroy Saint-Hilaire.
Isto, sim, foi uma pilhagem geral feita por todo a País, com incidência em Lisboa onde o maior roubo foi no Tesouro da Sé (da qual carregaram várias carroças com artefactos de ouro e prata), nos palácios nacionais, e em diversos museus; assim como em Évora onde saquearam todas as igrejas, conventos, mosteiros e ricas casas particulares durante três dias em Julho de 1808.
Com estes roubos de bens culturais, os franceses enxamearam os seus museus de belíssimos e seculares artefactos de origem portuguesa, os quais estão à espera de uma JOACINE KATAR que, aos berros histéricos e repletos de ódio como é seu timbre, à semelhança do que fez no congresso do seu partido (LIVRE), exija a sua imediata devolução — até porque foram roubados com extrema violência, nalguns casos até com homicídios.
Para facilitar o trabalho proposto à dita deputada, aqui vai uma pequeníssima lista dos bens culturais a reaver:
1. Milhares de espécimes, das quais faziam parte centenas de animais empalhados (do Palácio da Ajuda saíram mais de mil animais), e vegetais, os quais fazem parte da colecção do “Cabinet de Lisbonne”, actualmente no Museu de História Natural de Paris.
2. Vários carros de bois carregados de peças de metal precioso (ouro e prata), saqueados ao Tesouro da Sé de Lisboa.
3. Muitas colchas indo-portuguesas, actualmente no Museu de Lion.
4. Centenas de porcelanas, actualmente no Museu do Louvre.
5. Milhares de gravuras (de espécimes botânicos) e fotolitos, da Impressão Régia.
4. Milhares de raridades bibliográficas, roubadas dos conventos e da Impressão Régia.
Caso a dita deputada, tão preocupada com os bens culturais “desviados”, desempenhe bem esta tarefa, dar-lhe-emos listas maiores, para ela se ocupar da defesa do património da pátria — que ela diz também ser sua…
Em resumo:
o Dr. SÁ FERNANDES, em sentido figurado e em linguagem tauromáquica, saiu à praça, arrancou com alguma valentia inicial impulsionado pelo Director da Corrida, mas acabou por soçobrar face ao adversário, acabando por perder o rabo e duas orelhas.
Muito bom!
ResponderEliminarParabéns pelo escrito.
Lindo discurso sr Trigueiros, com certeza que nem a Joacine nem o Sá Fernandes têm razão
ResponderEliminarSem dúvida que seria um feito histórico conseguir reaver esse espólio roubado na era do Napoleão
A Ideologia turva a mente ao Dr Sá Fernandes
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