2022-12-26

Recorrentes abatimentos do pavimento da Baixa Pombalina, em Lisboa – Dezembro de 2022


Lisboa, Baixa Pombalina, Rua da Prata.
Dezembro, 2022


Perante mais um de muitos destes acidentes, o presidente da Junta de Freguesia local disse que este é “O SEGUNDO ABATIMENTO DAS PAREDES DO CANAL MUITO PROVAVELMENTE DEVIDO ÀS CHUVAS”.

Um vereador, responsável do município lisboeta (CML), declarou ser esta ocorrência uma "CONSEQUÊNCIA DO TEMPORAL QUE SE SENTIU EM LISBOA NOS ÚLTIMOS DIAS", acrescentando que o problema estaria no “ABATIMENTO DAS PAREDES DO CANAL PROVAVELMETE DEVIDO ÀS CHUVAS”.

Por sorte não argumentaram com a fabulação das famigeradas alterações climáticas, com as quais vão justificando os sucessivos desastres ocasionados por várias decisões erráticas e irresponsáveis da CML nos últimos cinquenta anos…

Estacaria Pombalina (a descoberto)
Sucede que as origens destes contratempos – aluimentos sucessivos dos pavimentos da Baixa Pombalina –, têm origem no começo do apodrecimento da estacaria de pinho verde que foi cravada nos terrenos de aluvião, e dos aterros aí feitos para recuperar para a construção civil este antigo esteio do rio Tejo.  Outrora aí vinham desaguar várias ribeiras que, entretanto, foram encanadas.

Para evitar o apodrecimento da citada estacaria que foi cravada após o terramoto de 1755, em conjugação com o criptopórtico aí existente para sustentação de construções romanas, esta necessita de estar constantemente impregnada de água, o que deixou de acontecer devido à mudança das rotas de circulação das águas superficiais e subterrâneas por acção da descuidada e incompetente intervenção humana.

A estacaria que serve de suporte às edificações, sem água e em contacto com o oxigénio do ar por via de diversos fungos começa a apodrecer. Este fenómeno ainda recente só agora começa a causar estragos, os quais, a perpetuarem-se no tempo, serão irrecuperáveis.

Tudo isto é do conhecimento de grande parte dos profissionais dedicados à causa da conservação do património aí edificado: tais como geólogos, hidrologistas, urbanistas e arquitectos com sensibilidade para as causas destes episódios recorrentes…

Sobre este tipo de adversidades há um punhado de estudos técnicos e trabalhos académicos conhecidos, os quais os políticos aparentam ignorar – ou escondem –, sem irem ao âmago do problema para a sua resolução. Dão-nos algumas explicações ingénuas – abatimento do canalchuvas abundantesalterações climáticas, etc. – e continuam a assobiar para o lado até às próximas eleições, pois, travar a degradação da Baixa é uma operação de longo prazo, muito onerosa, a qual vai contra poderosos interesses privados.

Em resumo: não dá votos!… 

A alteração do sistema hídrico desta parte da cidade de Lisboa, em grande parte assenta na alteração do fluxo das ESCORRÊNCIAS (do subsolo) e na falta das INFILTRAÇÕES (de superfície), dois processos distintos que impedem o apodrecimento da madeira verde submersa.

Estas ESCORRÊNCIAS (do subsolo) e INFILTRAÇÕES (de superfície), concorrem para a estabilização do frágil terreno de aluvião e conservam a estacaria, a qual vê agora o seu futuro seriamente comprometido pela obstaculização criada por gigantescas estruturas subterrâneas, assim como pela impermeabilização das artérias de circulação. Tudo isto faz baixar o lençol freático, deixando parte das estacas a descoberto da água, a qual é tomada por fungos que promovem o seu apodrecimento. 

As causas da ruína em que os pavimentos da Baixa se encontram, são por demais conhecidas de qualquer observador descomprometido e atento.

Vejamos:

1º. — As ESCORRÊNCIAS necessárias a nível do subsolo da área da Baixa Pombalina, e ao seu redor, foram desviadas pelas alterações/edificações feitas pela acção humana nas últimas 5 ou 6 décadas, as quais interromperam os fluxos de água subterrânea, sem os prévios estudos hidrológicos, comportando graves consequências para a estabilidade do solo.

Falamos dos diversos sistemas de canalizações e de tubagens para diversos fins (água, esgotos, instalações eléctricas, gás, telecomunicações, etc.); das caves aprofundadas para garagens; de edifícios edificados com pisos muito abaixo da cota soleira como é o caso dos centros comerciais da Mouraria e do Martim Moniz; dos gigantescos parques de estacionamento subterrâneo com diversos pisos que provocaram o afundamento da camada freática. Destes últimos salientamos os parques da Praça da Figueira, do Martim Moniz e da Praça dos Restauradores, assim como da Praça do Município, Baixa-Chiado, Chão do Loureiro, Praça Luís de Camões, Campo Mártires da Pátria, etc.

A responsabilidade política deste descalabro, iniciou-se no governo do primeiro-ministro António Guterres (1995-1999), então coadjuvado entre ouros pelos seu inenarrável companheiro de partido que foi José Sócrates seu ministro-adjunto (1995-1999), e por António Costa seu ministro da justiça (1999-2002), o qual viria a ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa (2007-2015). A gestão da autarquia de Lisboa ficou então sob a presidência de JOÃO SOARES (PS) entre 1995-2001, o responsável político pela azáfama construtiva promovida por esta autarquia.

Por este presidente da CML foi atribuído ao vereador ANTÓNIO MACHADO RODRIGUES (PS) o pelouro do Transito e Infra-estruturas Viárias, o qual durante apenas 6 (seis) anos do seu mandato com plenos poderes tomou a iniciativa de construir nada menos de 16 (dezasseis) parques de estacionamento subterrâneo entre 1995 e 2001!.

Não foi em vão que esta apressada orgia de parques subterrâneos com vários pisos – dos quais estamos agora a sofrer as consequências –, foi concluída; não só com danos irreversíveis para o valioso conjunto histórico e patrimonial da baixa pombalina, promovendo o desvio dos cursos subterrâneos das escorrências de água que alimentavam com a sua humidade a estacaria, deste modo promovendo o início do seu apodrecimento.

Não devemos confundir todo este sistema de humidificação do solo de aluvião com os caneiros pombalinos, os quais apenas visam a condução da água das diversas ribeiras encanadas vindas da Av. da Liberdade e da Av. Almirante Reis para o rio Tejo. O colapso de alguns troços destas últimas condutas, ficou a dever-se à retracção do aluvião onde assentam, devido à falta da humidade.

É sabido, como a imprensa então divulgou, que o edil António Machado Rodrigues (PS), um engenheiro especializado em circulação e transportes que foi o responsável técnico por estes alegados atentados, tinha ligações indirectas às empresas de estacionamento privado da capital – primeiro a Gisparques, depois a Emparque – através do seu chefe de gabinete, de dois assessores da CML, e ainda de um cunhado: tudo isto envolto numa teia de interesses nebulosos que foi denunciada na comunicação social, apesar de negados pelos próprios, aos quais o Ministério Público parece que nunca ter prestado a devida atenção, apesar das denuncias feitas publicamente (Cerejo, José António, «Assessores e Amigos de Vereador do Trânsito Ligados ao Negócio do Estacionamento», jornal Público, 4 de Dezembro de 2001; https://www.publico.pt/2001/12/04/jornal/assessores-e-amigos-de-vereador-do-transito-ligados-ao-negocio-do-estacionamento-164984; https://www.jornaldapraceta.pt/mrodr2.htm).


2.º — Quanto às INFILTRAÇÕES de água necessárias à preservação da estacaria, na ausência de parte importante das escorrências de água subterrânea, estas eram um dos meios que restavam de humidificação da madeira aí colocada pelo Marquês de Pombal para compactar o terreno e suportar as edificações da Baixa com as suas gaiolas anti-sísmicas de madeira.

Porém, estas imprescindíveis infiltrações foram interrompidas pela errada impermeabilização asfáltica das vias de circulação, com a substituição da tradicional calçada portuguesa em granito por asfalto betuminoso. É urgente reverter esta mudança do piso para os anteriores paralelos de granito, os quais, apesar de causarem alguns constrangimentos para a comodidade da circulação automóvel, permitem a impregnação do subsolo com a humidade necessária à conservação da estacaria, preservando da ruína um bem maior que é o conjunto patrimonial da Baixa Pombalina.
 

3.º — A estocada final no equilíbrio hidrológico desta zona da cidade, foi-lhe dada por volta do ano de 1998, aquando da construção dos tuneis do metropolitano (entre a estações da Baixa-Chiado/Santa Apolónia e Baixa-Chiado/Cais do Sodré), com a implantação do imenso volume de betão da estação do Terreiro do Paço, por necessidades técnicas em razão da sua proximidade da água do Tejo.

Esta imensa estrutura que corre paralela ao rio, mais uma vez inviabiliza a penetração/circulação da água deste curso de água pelo subsolo da baixa lisboeta, privando deste modo a estacaria da Baixa de uma das suas mais importantes fontes de humidificação que a partir desta data agravou o problema dos abatimentos do pavimento da Baixa.  

 

Lisboa seiscentista,
sem a actual pressão urbanística ribeirinha.

As causas aqui enunciadas, contribuíram para o afundamento do nível freático, o qual deixa ciclicamente parte da estacaria a descoberto, principalmente nos períodos de secas mais severas e são a causa do início do apodrecimento da estacaria com a consequente falta de resistência para suportar, quer a carga do transito automóvel, quer das construções que sustenta, as quais por vezes são aumentadas de novos pisos e a longo prazo vão começar a soçobrar.

As perniciosas alterações do subsolo, teriam sido facilmente evitadas com a construção de silos de estacionamento em altura aproveitando alguns prédios degradados deste centro histórico, mantendo as suas fachadas de origem e edificando vários pisos no seu interior, possivelmente com menores encargos financeiros…

Os ambientalmente danosos parques subterrâneos, ficaram envoltos em polémica desde a sua origem, mas ninguém teve a coragem de travar, geraram alguma conflitualidade que em alguns casos acabou dirimida judicialmente. Pela pressa da sua edificação, causarem a perda irremediável de valioso património arqueológico que só residualmente foi recuperado.

É este o país que temos, nas mãos de dirigentes incompetentes e entregues a interesses inconfessáveis. Agora, para justificarem a sua inépcia e acobertarem as suas decisões alegadamente venais, atiram-nos à cara com a fábula das alterações climáticas…

Perante tudo isto, durmam bem se puderem…

 

João Trigueiros


 



2022-12-20

Inundações em Alcântara e Algés, em Lisboa - Dezembro de 2022


Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, disse: "FAZ PARTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ".Disse e repetiu várias vezes, apoiado pelo Sr. Presidente da República, acreditar (crença!) que isto é fruto das alterações climáticas...
Quanto a mim FAZ PARTE DA OCUPAÇÃO/IMPERMEABILIZAÇÃO DOS SOLOS E DAS LINHAS DE ESCOAMENTO DAS ÁGUAS COM UMA DESENFREADA CONSTRUÇÃO CIVIL...
Chuvas abundantes existem desde sempre, quando não havia ainda automóveis nem poluição indústrial....A justificação dada não passa de conversa para boi dormir e para justificar o gasto de milhões na construção de túneis para a contenção de águas. Tudo isto para enganar uma população acrítica...
O problema está diagnosticado há muitas décadas (mais de 5) e amplamente enunciado pelo Arq. Ribeiro Telles, e em parte comum a todas as muitas grandes urbes.
Nos últimos séculos encanaram a Ribeira de Alcântara e a Ribeira de Algés... Anteriormente encanaram ribeiras que corriam na Av. da Liberdade, Av. Almirante Reis e muitas outras por toda a cidade de Lisboa, ocupando os terrenos à volta destas com construção civil que impermeabilizou os solos.


SEJAM HONESTOS PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA. 
ISTO NÃO É UMA QUESTÃO DE CRENÇA... 
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2022-11-29

Restituição de bens culturais

 


Toda a gente tem obrigação de saber que nós portugueses fomos uma fonte de civilização em África, onde deixamos um grande património cultural e civilizacional que em nada nos envergonha se comparados com outros povos europeus.

Por isso nada temos a devolver (o que nem sequer até agora nos foi oficialmente pedido), pelo que são dispensáveis os delírios de alguns acéfalos.

Os bens museológicos oriundos de África, cuja devolução vem sendo pedida por vários países desse continente, assim como por países do sul da Europa que também foram pirateados, foram saques de guerra, o que nada tem a ver com as colecções etnográficas e etnológicas africanas reunidas — pacificamente — pelos portugueses, e dispersas por alguns museus nacionais.

Caso essas peças tivessem ficado em África, não teriam sobrevivido ao tempo, tal como os milhares de peças de arte que lá deixamos, desprezadas e ao abandono. Foram muitas centenas de obras de estatuária e pintura, sobre a História que temos em comum com esses povos, que foram destruídas numa sanha persecutória à nossa história comum.

Jamais devemos devolver os bens culturais que reunimos – pacificamente, repito – nas então colónias portuguesas de África.

Há por aí um pequeno grupelho de portugueses de papel passado, mas com problemas de identidade e de pertença, que se propõe (patrioticamente?) ao confisco do nosso património museológico...

Melhor seria que estes seres carregados de melanina, fizesse alguma coisa útil em prol do país — que dizem também ser seu, apesar de o quererem espoliar —, e reivindicassem a devolução do saque cirúrgico feito pelas invasões francesas sob as ordens de Napoleão, pelo seu executor, o célebre naturalista e zoólogo Geoffroy Saint-Hilaire.

 Isto, sim, foi uma pilhagem geral feita por todo a País, com incidência em Lisboa onde o maior roubo foi no Tesouro da Sé (da qual carregaram várias carroças com artefactos de ouro e prata), nos palácios nacionais, e em diversos museus; assim como em Évora onde saquearam todas as igrejas, conventos, mosteiros e ricas casas particulares durante três dias em Julho de 1808.

 Com estes roubos de bens culturais, os franceses enxamearam os seus museus de belíssimos e seculares artefactos de origem portuguesa, os quais estão à espera do berreiro histérico da esquerda portuguesa, repleta de ódio como é seu timbre, que exija a sua imediata devolução — até porque foram roubados com extrema violência, nalguns casos até com homicídios.


Para facilitar o trabalho proposto, aqui vai uma pequeníssima lista dos bens culturais a reaver:

1. Milhares de espécimes, das quais faziam parte centenas de animais empalhados (do Palácio da Ajuda saíram mais de mil animais), e vegetais, os quais fazem parte da colecção do “Cabinet de Lisbonne”, actualmente no Museu de História Natural de Paris.

2. Vários carros de bois carregados de peças de metal precioso (ouro e prata), saqueados ao Tesouro da Sé de Lisboa.

3. Muitas colchas indo-portuguesas, actualmente no Museu de Lion.

4. Centenas de porcelanas, actualmente no Museu do Louvre.

5. Milhares de gravuras (de espécimes botânicos) e fotolitos da Impressão Régia.
4. Milhares de raridades bibliográficas, roubadas dos conventos e da Impressão Régia.

Caso estejam tão preocupados com os bens culturais “desviados”, e desempenhem bem esta tarefa, dar-lhe-emos listas maiores, para se ocuparem da defesa do património da pátria — que dizem também ser sua…

Depois desta reposição proposta, iremos analisar a questão dos bens culturais deixados / trazidos de África – já não falando do património em geral.


                João Trigueiros


2022-10-07

SOBRE UMA DATA DE NÉSCIOS QUE NA ASSEMBEIA DA REPÚBLICA SE OPÔEM À CASTRAÇÃO QUÍMICA.

 



Faz-nos bastante impressão que sejam os presidentes da Assembleia da República (AR), já há alguns anos, os primeiros a erguer a bandeira contra a quase inócua castração química. Não querem proteger as nossas crianças? Porque será?


O Partido CHEGA, na sua última proposta, foi mimoseado na AR por parte de um punhado de trogloditas com «gestos e interrupções que marcam chumbo da castração química no Parlamento» (07 out, 2022; Pedro Valente Lima).

 

«O debate sobre a proposta do Chega [sobre a castração química] fez disparar tensões no plenário, com os deputados do partido a importunar os discursos. A bancada foi advertida pelos gestos insultuosos que, pelo meio, até relembraram os "cornos" que levaram à demissão de Manuel Pinho no tempo de Sócrates.»

 

Salientamos que a CASTRAÇÃO QUÍMICA é uma forma temporária de castração, ocasionada por medicamentos hormonais usados para reduzir a libido, a actividade sexual de quem não consegue controlar os seus criminosos impulsos.

Para o efeito usa-se o acetato de medroxiprogesterona (AMP) ou acetato de ciproterona (CPA), MEDICAMENTOS usados em todo o mundo para tratar desvios da conduta sexual (parafilias).

Isto nada tem a ver com a castração cirúrgica, quando os testículos são removidos através de incisão no corpo.



SEJAMOS SÉRIOS, SEUS NÉSCIOS, ditos representantes do povo, a castração química não castra a pessoa, e também não é uma forma de esterilização.

 

Ela é adoptada em vários países tais como a INDONÉSIA, RÚSSIA, POLÓNIA e alguns estados dos EUA, etc., funcionando como uma medida preventiva ou de punição àqueles que tenham cometido crimes sexuais violentos, tais como estupros e abuso sexual infantil, geralmente oferecido de forma voluntária em troca de uma redução na pena.

 


É ISTO – E SÓ ISTO – QUE ESTÁ EM JOGO, para tranquilidade da vida social e segurança das nossas mulheres e crianças…

Na vossa visão estrábica e passividade bovina, continuem a olhar para o lado e não resolvam este problema. Porém, depois, não se venham queixar dos VIKTOR ORBÁN (Hungria) deste mundo….

2022-10-06

PROCURA-SE RETRATO PERDIDO (início do século XVIII) PARA FINS DE ESTUDO



D. Mariana Antónia do Resgate de Saldanha
Corte-Re
al da Câmara (1784-1848),
 3.ª Condessa da Lousã 


D. MARIANA ANTÓNIA DO RESGATE DE SALDANHA CORTE-REAL DA CÂMARA (1784-1848), 3.ª Condessa da Lousã e senhora do morgado de Cadafais, Alenquer, era filha única do primeiro casamento de D. Luís António de Lancastre Basto Baharem (1751-1830), 2º conde da Lousã, com D. Maria Rosa de Saldanha Rohan da Camara (1753-1786).

Foi casada com D. DIOGO JOSÉ FERREIRA DE EÇA E MENESES (1772-1862), um dos quatro filhos de D. Rodrigo José António de Meneses (1750-1807), 1.º conde de Cavaleiros, e neto de D. Pedro José de Alcântara de Meneses Noronha Coutinho (1713-1799), 4º marquês de Marialva.    

 

Este retrato fazia “pendant” com o de seu marido, cuja localização conhecemos, com as mesmas dimensões e moldura igual, da autoria de Henrique José da Silva (Lisboa,1772 – Rio de Janeiro, 1834),  primeiro director da Academia Imperial de Belas Artes do Brasil.

O seu paradeiro é desconhecido e dele só nos resta esta má representação fotográfica a preto e branco.

Supostamente foi pintado por volta de 1801, altura do seu casamento aos 17 anos de idade.

 

Está representada sob um fundo com uma paisagem de cenografia muito discreta, a pouco mais de meio corpo e sentada de frente, com um rico vestido drapejado sob uma echarpe ondulante sobre os ombros, apresentando uma grande incidência de luz sobre o rosto pálido e um pescoço desnudado por um amplo decote, assim como mangas curtas e tufadas. O penteado liso achata-se e ostenta uma fiada de pérola. Com o braço direito apoiado segura o longo cabelo liso que vem desse lado até à cintura, caindo o braço esquerdo com naturalidade sobre o regaço onde segura um pequeno cão de companhia – o “bichom havanês” que mal chegava aos 20 cm de comprimento e estava em moda na alta sociedade da época.

 

Por morte desta senhora, e posteriormente do seu marido D. Diogo, ambos falecidos sem geração, este quadro passou por herança a uma das suas sobrinhas que faleceu também ela sem herdeiros directos, sendo então este quadro leiloado no primeiro quartel do século XX (?).

Posteriormente, este retracto voltou a aparecer num leilão feito a 17-XI-1962 pela firma «Leiria e Nascimento», no qual foi vendido parte do recheio do palacete da Quinta do Bom Nome em Carnide, onde este quadro se encontrava, pertencente ao 2.º Visconde de Juromenha que foi um reputado investigador e coleccionador de arte e antiguidades.

Neste leilão o citado retracto estava referenciado como «Pintura 312 / Retracto de Senhora/ Pintura a óleo sobre tela / Escola Francesa / séc. XVIII [o que é errado] / Alt. 1,09; Larg. 0,85».

A citada firma leiloeira não tinha nessa época catálogos anotados que nos permitam chegar ao comprador, pelo que supomos perdido o rasto desta notável obra que eventualmente poderá ter sido vendida para o estrangeiro.

A quem conhecer o paradeiro deste quadro, agradecíamos a informação. Dela apenas pretendemos uma boa foto e o seu estudo para atribuição da sua autoria.

Obrigado.

JT

 

 

Informação complementar:

https://heraldicagenealogia.blogspot.com/2019/08/evora-casa-do-morgado-dos-azeredo-sec.html

 



2022-08-01

ONDAS DE CALOR e a FALTA de ÁGUA em PORTUGAL

 (a farsa do aquecimento global, para aumentar a carga fiscal...)



Desde o princípio dos tempos que estão documentadas ondas de calor em Portugal, que nada teria a ver com o usos de combustíveis fósseis.
A actual onda de calor é cíclica, nada mais, mas serve para quem manda aterrorizar os portugueses e saqueá-los com impostos.
A isto eu reputo de TERRORISMO DE ESTADO...
Uma das últimas gigantescas e cíclicas ondas de calor, com falta de água à mistura, aconteceu no princípio dos anos 30 em Portugal e está amplamente documentada por notícias e fotos existentes na Torre do Tombo.
Esta, "obrigou" os adolescentes dos bairros populares de Lisboa a andarem completamente nus por não poderem suportar a roupa, assim como famílias inteiras a dormir nas ruas de Alfama, à porta das sua casas, desalojadas pelo calor existente nas suas habitações.
Porém, NADA DEMAIS, SENÃO A RODA DO CLIMA A GIRAR, como o faz à milhões de anos, contribuindo, entre outras coisas, para o desaparecimento de muitas centenas de cidades de civilizações antigas; tanto pela subida da água do mar (pelo degelo polar), como por secas prolongadas que levaram a incêndios monumentais e à impossibilidade de abrigarem a existência de vida humana.
Nesses tempos pré-bíblicos, ainda o mundo não era totalmente dominado por esta cáfila ao serviço do globalismo, que do alto dos seus tronos e cátedras, vociferam contra os combustíveis fósseis e o monóxido de carbono (CO), que há cerca de 1.500 a 2.000 anos a.C., quando começaram a desaparecer algumas cidades em várias partes do planeta, ainda não tinham significado em termos de climatologia.
Os catastróficos Malagrida's do nosso tempo, à falta do Grande Terramoto, e de escrúpulos, já não culpam os Deuses, mas antes o CO para mais facilmente encherem os bolsos, carregando-nos de impostos ilegítimos que a turba aceita e paga. Pacificamente. Até ver...
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