(Paris com –40º, até a tinta
congela na extremidade da caneta)
Estamos cientes que vivemos
numa época de aparente conhecimento no domínio da climatologia, mas, na
realidade, vivemos aflitivamente sob de uma profunda ignorância que aproveita
ao terrorismo climatológico – sabe-se lá com que interesses inconfessáveis...
Estará o clima a mudar? De
todo, não nos parece e, se estivermos mesmo perante uma alteração, é um
processo muito lento e natural, no qual a intervenção humana tem pouca relevância.
Lembremos as várias glaciações que conhecemos…
Apenas não temos uma linha
cronológica, com meios audiovisuais que nos mostrem a evolução climática do
nosso passado próximo.
Recorrendo à história, só na
Europa, podemos constatar longos Invernos com temperaturas baixíssimas, e Verões
sucessivos com estiagens muitíssimo prolongadas, tanto no XIV e XV, como desde o
século XVII ao século XX.
Há imensos relatos escritos
sobre estes acontecimentos. Porém, não tivemos, no passado, uma máfia de
interesse económicos ligados à indústria do fogo, nem uma comunicação
audiovisual a amplificar e a incentivar a histeria colectiva.
Estas ocorrências climatéricas
inesperadas, levaram à fome de milhões de seres humanos na Europa – já para não
falar na China e na Índia –, à propagação de doenças, com as consequentes guerras
e revoltas de diversas populações asfixiadas com impostos elevados devido às
crises que estas situações provocavam.
Por tudo isto, não levamos,
tal como vários países, muito a sério o “Acordo de Paris” (2015) que no Quadro
das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) pretende reduzir a emissão
de gases estufa.
As variações que constatamos,
sempre existiram, e sempre existirão.
Desde a origem da Terra, já se
extinguiram milhões de espécies, e muitos outros milhões se extinguirão até ao
final dos tempos.
É a evolução natural.
Devemos tentar reduzir a poluição,
para melhorar o clima. Mas sem histerismos…
Vejamos um só exemplo:
UM ANO FATÍDICO – 1709
(Paris com – 40º, até a tinta congela na extremidade da
caneta)
O ano de 1709 marcou o início da actividade diplomática do
4.º conde de Tarouca. (…), quando «O Inverno rigoroso tinha paralisado a economia francesa
desde Janeiro». Há relatos da época que apontavam para temperaturas abaixo dos -40º.
O Sena gelara, a fome instalara-se no país e as revoltas chegavam até ao coração
do poder. Sobre
Versalhes marchou uma multidão de miseráveis provenientes de toda a França.
Uma nota da marquesa d’Huxelles para o marido, Nicolas
d’Huxelles, marechal e diplomata francês encarregado de negociar a paz desde
1710, revela a situação melhor que muitas palavras: “Les nouvelles sont
courtes, Monsieur, l’encre gèle au bout de la plume.” (a tinta congela na extremidade da
caneta)».
In SUMMAVIELLE, Isabel Maria de Araújo Lima Cluy, O Conde
de Tarouca e a diplomacia na Época Moderna. Lisboa, Livros Horizonte, 2006,
p. 150.
Deixem-nos em Paz
Deixem-se de alarmismos.
João Trigueiros
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