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2024-05-24

MENORÁ: o principal símbolo identitário judaico

 

(Revisitação da história do judaísmo na Palestina)

Cortejo Triunfal de Tito em Roma (com a Menorá), Arco de Tito no Fórum Romano (82 d.C), Século I.

Baixo-relevo (detalhe) representando a MENORÁ judaica do Templo, levada para Roma onde foi exibida num cortejo triunfal, após o saque monumental e destruição do Templo de Jerusalém pelas legiões romanas (69 d.C.)[1], como resposta à Grande Revolta Judaica de 66 d.C[2].

O ARCO TRIUNFAL DE TITO, de seu nome completo Tito Flávio César Vespasiano Augusto (39-81 d.C.)[3], está localizado na Via Sacra do Fórum e é produto da dinastia Flaviana, a linhagem que sucedeu a Nero.

Roma, Arco Triunfal de Tito,
Este monumento – com 15,4 metros de altura, 13,5 de largura, e 4,75 metros espessura – é a expressão da ostentação e grandeza de Roma ao tempo da estirpe dos Flávios[4], com a execução de grandes obras públicas das quais sobressai o Anfiteatro Flaviano (Coliseu) que foi edificado com o produto do saque de Jerusalém e do Templo que foi completamente arrasado.

A gradual deterioração ao longo dos séculos levou a que esta magnífica obra fosse restaurada por iniciativa do Papa Pio VII (1742-1823).

Ele comemora um trágico acontecimento para a comunidade judaica do Médio Oriente, o qual foi a derrota e destruição de Jerusalém pelo general Tito Flávio, futuro imperador, em resposta à rebelião do povo judaico encabeçada pelos zelotes contra o opressor romano[5].


Arco Triunfal de Tito (baixo-relevo)
            Nele figura a seguinte inscrição original:

   SENATVS
   POPVLVSQVE·ROMANVS
   DIVO·TITO·DIVI·VESPASIANI·F(ILIO)
   VESPASIANO·AVGVSTO

que significa:

"O Senado

e Povo Romano [dedicam este arco]

ao Divino Tito Vespasiano, filho

do Divino Vespasiano Augusto.




                                         ♦



Menorá (7 braços)
Chanukiá (9 braços)
A MENORÁ, “lâmpada candelabro” de sete braços, feita em Ouro, estava colocado dentro do “Santo Lugar”, o átrio intermediário entre o Átrio Exterior do Santuário e o Santo dos Santos do Templo de Jerusalém.

Cada um dos seus sete braços representa os sete dias da criação do mundo, assim como a luz divina que nunca se apaga.

Juntamente com a ESTRELA DE DAVI, é um dos mais antigos símbolos do Judaísmo, uma das primeiras religiões monoteístas do mundo.

Dela deriva o CHANUKIÁ, de nove braços, com grande importância simbólica na Festa da Luzes, a Hanukkah ou Chanucá, que dura oito dias – em fins de Novembro, ou durante o mês de Dezembro – e celebra a vitória dos judeus sobre uma dinastia grega que tentou impor-lhes a sua cultura e religião. Esta festa começa após o pôr do sol do 24.º dia do Kislev, o nono mês do calendário judaico, contando a partir de Nisan, e está associada ao milagre da falta de azeite, quando uma pequena porção dele durou mais do que o esperado no Templo de Jerusalém, acontecimento que foi uma ocasião de alegria, gratidão e esperança.

Estrela de Davi, Templo de Jerusalém.
Quanto à citada ESTRELA DE DAVI, ou "estrela de seis pontas", inicialmente um símbolo pessoal do rei Davi, pai de Salomão, foi tornada por símbolo do judaísmo e actualmente do Estado de Israel que, deste modo, valoriza as diferenças e particularidades deste grupo religioso. É constituída por dois triângulos sobrepostos, iguais, tendo um a ponta para cima e outro para baixo.

Estrela de Davi

Com uma existência de muitas dezenas de séculos, está esculpida em diversos blocos de pedra com os quais os Israelitas Judeus construíram, há mais de 2900 anos, a plataforma que sustenta o Santuário no Monte Moriah, ou Moriá. Este templo, hoje desaparecido, foi edificado por Salomão e era o mais sagrado templo do Judaísmo, sobre o qual os árabes muçulmanos que aí chegaram muitos séculos depois vieram a edificar o “Domo do Rocha” ou “Cúpula da Rocha” (século VII), um dos mais sagrados templos do Islão.

"Saque Bárbaro de Roma em 455" (com a Menorá). Autor: Karl Pavlovich Briullov (1799-1858)


Revisitação da história do judaísmo na Palestina

(Reino de Israel e de Judá)

Parte do povo hebreu[6], descendente de um clã semita com origem em Sem, filho de Noé, ao tempo de Abraão (por volta de 1800 a.C.)[7] – considerado o fundador da nação hebraica –, foi vítima de uma grande seca que causou uma dramática fome em Canaã[8], a “terra Prometida” por Deus a Abraão segundo a Bíblia Hebraica (Torá), a qual outrora foi uma terra fértil e próspera, que prestou vassalagem ao Egipto durante algum tempo.

Esta grande escassez alimentar, então consequência de sucessivos anos de longas secas que atingiram todo o mundo e particularmente o Médio Oriente, ficou a dever-se às alterações climáticas – que agora tanto surpreendem o mundo que parece querer ignorar este fenómeno cíclico através dos milénios – o qual levou ao colapso do seu sistema agrícola e provocou o abandono do campo e de inúmeras cidades, muitas delas totalmente desaparecidas, como comprovam recentes prospecções arqueológicas.

Reino de Israel e de Judá.

Devido à fome, assim como à ocupação do seu território por potências poderosas que os subjugaram – às quais nunca se submeteram e acabaram por se libertar –, os hebreus da terra de Canaã, então localizada entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, por diversas vezes na sua longa história de séculos demandaram refúgio noutras paragens, espalhando-se por todo o mundo.

Foi assim que ao tempo do seu cativeiro na Babilónia (609 a.C), durante cinco décadas, por recusa do pagamento de um tributo ao poderoso rei da Babilónia Nabucodonosor II (630-561 a. C.), quando este conquistou o Reino de Judá e saqueou destruiu o Primeiro Templo de Jerusalém, edificado pelo rei Salomão que reinou entre 970-931 a.C.

Posteriormente, para fugirem de uma fome de proporções bíblicas, parte do povo hebreu procurou refúgio no Egipto com o qual mantinha algumas alianças de proximidade política contra inimigos comuns. Este país de acolhimento não ficou totalmente ao abrigo desta seca, porém, as suas terras férteis e húmidas junto ao Delta do Nilo, forneciam cereais e alimentos com alguma abundância.    

Os laços de proximidade do povo hebreu com esta última grande civilização, ficou a dever-se ao facto da terra dos Faraós ter em Canaã algumas colónias e fortificações para garantir a protecção das suas rotas comerciais que eram vitais para a economia egípcia.

Porém, o povo hebraico, inicialmente foi bem recebido sob a protecção do enigmático e quase desconhecido faraó Maaibre Sheshi I, de origem estrangeira e com ligações a Canaã[9]. Numa mudança posterior desta dinastia, os hebreus acabaram cativos, só conseguindo ser resgatados da situação de opressão em que caíram por intervenção de Moisés[10]. Através da acção deste profeta, obtiveram a sua libertação por volta de 1447 a.C., daí regressando a Canaã, a “Terra Prometida”[11], segundo relata o Livro do Êxodo[12].

Após esta libertação do cativeiro egípcio, o povo Hebreu (Éber+Ivrim = "povo do outro lado do rio"), que na mais longínqua antiguidade se designava a si próprio por Israelita – termo caído temporariamente em desuso após a segunda metade do século X a.C. –, num nomadismo de cerca de 40 anos errou pelo deserto do Sinai e veio fixar-se numa região a oeste do Mar Morto. Aí chegados, pouco a pouco e pelas armas, reocuparam as margens do Mediterrâneo e do norte de Canaã – a Terra Prometida –, da qual tinha debandado vários séculos antes. A maior epopeia desta campanha foi a conquista de Jericó (1400 a.C.?), na margem oeste do Rio Jordão a 27 Km de Jerusalém, actualmente na Cisjordânia, a cidade mais antiga do mundo que é habitada há mais de 10.000 anos. 

Os hebreus, agora monoteístas, cultuaram um único Deus – Javé – e deram origem às três maiores religiões do mundo.

Os “Territórios Palestinos”, são uma concepção geográfica, localizada inicialmente num escasso território, cujo conceito se foi alargando a uma área cada vez mais extensa, em cuja pertença se incluía a “Terra Prometida” por Deus aos judeus israelitas, segundo a Bíblia hebraica.

Parte do povo hebreu, descendente da população que habitam essa região há milénios, esteve sob o domínio do Império Otomano (Turco) de 1517 a 1917, após o que passou para o controle administrativo dos britânicos quando a 1.ª Guerra Mundial acabou, com a incumbência pela Liga das Nações de aí estabelecerem uma pátria nacional judaica.

Acontece que aos “palestinianos” que aqui chegaram muito mais tarde, disputam o mesmo território, afirmando-se descendentes da população cananeia da Idade do Bronze, apoiados por recentes estudos de geneticistas (palestinianos?), o que será uma possibilidade a considerar, mas que não lhes confere a exclusividade da sua representação deste povo.

Os genes do povo cananeu estarão disseminados por todos os povos que lhes sucederam nesta região, incluindo o grupo étnico e religioso de ascendência hebraica que praticava a religião judaica, credo este que é a “argamassa” que lhes conferiu uma forte identidade e coesão.

Quanto aos ditos palestinianos actuais, na realidade árabes sunitas, em muitos anos de história desta região viveram em estado tribal e só recentemente ocuparam este espaço geográfico onde, num passado próximo, nunca se assumiu como Estado. Nas suas efabulações históricas, sem a menor sustentação, Mahatma Gandhi chegou a afirmar que “a Palestina pertence aos Árabes”, excluindo desta equação os judeus e o Estado de Israel que os ditos palestinianos pretendem eliminar fisicamente.

Na realidade, a identidade nacional palestina tem sido afirmada somente desde a segunda metade do século XX, originando revindicações territoriais que levaram ao conflito árabe-israelense, com o aparecimento de grupos terroristas que sistematicamente atacam Israel e negam o direito do povo Judeu, e do Estado de Israel, à sua existência num território que ocupam há muitos milhares de anos e no qual sobrevivem apenas devido à sua grande resiliência.

Depois da 2.ª Guerra Mundial, devido às sistemáticas perseguições do povo israelita, a ONU, então ainda uma instituição respeitável e com alguma independencia, diligenciou a criação do Estado de Israel que se efectivou em 14-V-1948, como forma de reparação pelo Holocausto, num território sobre o qual eles tinham incontestáveis direitos históricos, e estava então sobre o mandato britânico para a Palestina.

É de salientar que Israel é a única democracia parlamentar desta região, cujo reconhecimento ao tempo da sua (re)fundação foi recusado pelo Egipto, Síria, Líbano, Jordânia e Iraque; estados despóticos e autocráticos onde os direitos humanos são postergados e as mulheres estigmatizada por preconceitos ideológicos e reduzidas a uma inferioridade inqualificável, contrária aos ensinamentos do Corão.

Ao mesmo tempo criou-se um governo árabe palestino na Faixa de Gaza liderado pela “Fatah”, governo este que após uma guerra civil em 2007 foi rechaçado por povos árabes sunitas sob a égide do grupo terrorista do Hamas – Movimento de Resistência Islâmica, o qual pretende estabelecer "um estado islâmico em toda a Palestina", preconizando a destruição do povo judaico e do Estado de Israel; a que a parcial ONU sob a égide de um secretário-geral socialista de duvidosa eficácia e independência, apoiado por uma maioria de estados sob ditaduras socialistas e comunistas, assim como narco-estados, autocracias despóticas; a maioria das quais vão dando cobertura a todas as resoluções contra Israel onde deixaram infiltrar as suas organizações humanitárias por agentes ao serviço do movimento terrorista do Hamas, como recentemente foi posto a descoberto. 

A ONU, sequestrada por países islâmicos que a usam para atacar Israel, na sua inoperante e encapotada conivência com o anti-semitismo, tornou-se uma ameaça à paz mundial, bateu no fundo ao eleger como membros Conselho de Direitos Humanos, países como Arábia Saudita, o Afeganistão, o Paquistão, a Somália, a Nigéria e o Catar; onde a liberdade e os direitos humanos valem zero — pois, em muitos deles, os cristãos e gays são executados, os opositores políticos mortos e desmembrados, e as mulheres reduzidas à condição de gado. Neste suposto areópago predominam as ditaduras árabes, que se protegem nas suas inomináveis malfeitorias, e destilam um anti-semitismo primário contra Israel perante a passividade de um secretário geral inútil.

Reino Unido de Israel, ao tempo de Saul
e Davi (há volta de 3500 anos).
A rotulagem do povo judeu como “sionista-fascista” por parte de alguma esquerda facciosa, é uma atitude de ignorância insana que é necessário desmontar.

Quanto ao primeiro – SIONISTA –, com origem na palavra “Sion”, nome de uma das colinas que cercam a Terra Santa onde existiu uma fortaleza de mesmo nome que se tornou-se sinónimo de Jerusalém. Na realidade, esta designação apenas define e defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico no território que historicamente lhe pertenceu – o antigo Reino de Israel e de Judá – há mais de TRINTA SÉCULOS.

No tocante ao segundo – FASCISTA – de tão hilariante, não é para levar a sério, pois Israel é a única democracia parlamentar de todo o Médio Oriente. 

Em rigor, o povo judeu – filhos de Judá – é palestiniano porque ocupa este espaço geográfico há muitos milhares de anos. A palavra Palestina deriva do grego Filístia (Philistia, Filistina dos Filisteus), que deu a Palestina.

A designação de Philistia (Palestina), foi-lhe conferida pelos autores da Grécia Antiga, devido ao facto de a partir da milenar cidade de Gaza em direcção ao Norte aí se terem fixado no século XII a.C. os filisteus, povo presumivelmente vindo do Mar Egeu (Grécia), os quais detinham alguma superioridade militar, pois já estavam na idade do ferro enquanto os Israelitas ainda permaneciam na era do bronze quando estes aí chegaram.

Os filisteus, um povo não semita hoje desaparecido, e que muito cedo perdeu a sua identidade cultural, ocuparam a Cananeia na qual fizeram uma substituição populacional que, por sua vez, nada têm em comum com os actuais povos tribais de origem árabe que actualmente aí habitam – em Gaza e na Cisjordânia.

A provável origem dos filisteus originais, é creto-miceniana e aqui chegaram nas vagas dos chamados "Povos do Mar"[13],  estabelecendo-se em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo e aí expandiram uma cultura comercial marítima que se espalhou por todo o mar Mediterrâneo (1 500 a.C. a 300 a.C.), a qual chegou à Península Ibérica onde vieram em busca de prata, e aqui foram designados por Fenícios, cuja grande originalidade foi a suposta criação do primeiro alfabeto fonético, curiosamente falando o  idioma fenício que pertencia ao grupo canaanita, sendo considerada uma língua irmã do hebraico. A sua língua e religião, pouco separa os fenícios das outras culturas da região de Canaã.

Na tradição bíblica, os filisteus (os verdadeiros palestinianos, geograficamente falando), ainda hoje são considerados de origem controversa ou incerta, pois desconhecemos se originalmente foram um só povo, ou uma confederação de povos, que segundo alguns autores seriam oriundos de Caftor, termo associado à ilha de Creta. Este povo é igualmente referido nos escritos do Antigo Egipto, por onde também passaram e foram repelidos, pois, quase sempre, devido à sua cultura e costumes bem diversos dos demais povos da região. Estiveram sempre em guerra com seus inimigos hebreus e restantes povos vizinhos que os achavam "bárbaros incivilizados". Esta rejeição, apesar de estarem civilizacionalmente mais avançados em vários campos – escrita, metalurgia, rotas comerciais, etc. – terá ficado a dever-se à sua organização tribal e à prática pagã de fazerem sacrifícios humanos que incluíam crianças. Porém foram conquistados pelos assírios no século VIII a.C., e posteriormente pelos babilónios, desaparecendo por terem sido assimilados por estes povos.

No século II a.C., os romanos conquistaram a Síria e a Judeia à qual deram o nome de Síria Palestina, nome usado desde então para se referir a esta região que foi o berço do Cristianismo. Mas este termo geográfico de “Palestina”, para se referir a uma pretensa nação, só surgiria nos anos 40 do século XX, quando começou o processo de descolonização do Oriente Médio.

O território a que hoje chamamos Israel, era uma possessão sob a regência inglesa que foi cedido aos Judeus e aos árabes que então aí habitavam. Ninguém tirou nada a ninguém, porque na altura não havia "Palestina" – que era uma designação meramente geográfica e jamais um Estado – e muito menos habitado por "palestinos", os quais são uma criação de Yasser Arafat (um egípcio nascido no Cairo), no intuito de desapossar os judeus daquelas terras ancestrais onde estavam desde há muitos milhares de anos.

O que hoje alguns apelidam "palestinos" são na realidade muçulmanos vindos de países como o Egipto, a Síria, o Iraque que criaram aquele enclave de Gaza (com a ajuda dos Mídia e dos políticos anti-semitas) para expulsarem Israel do seu território.

O que esta gente tenta fazer a Israel, já fizeram ao Líbano – um país que foi maioritariamente cristão e hoje vive no maior barbarismo –, já fizeram à Índia com o Paquistão, e estão a tentar fazer nos vários países da Europa: é a invasão do “Primeiro Mundo” pelo “Sul Global”, eufemismo criado para mascarar a substituição populacional em curso, que está a transformar as cidades Europeias, numa espécie de cidades do terceiro mundo.

Crianças da Faixa de Gaza.

Os judeus são um povo que sempre valorizou a educação e o conhecimento, daí a sua irrefutável superioridade intelectual como professores universitários, filósofos, médicos, físicos, químicos, astrónomos, advogados, matemáticos, engenheiros, artesãos, diplomatas, comerciantes, banqueiros, desportistas, empresários; com a sua cultura, na qual se destaca a literatura, a música, a dança, a pintura, o cinema e a arte do entretinimento em geral, não esquecendo o seu envolvimento em causas humanitárias e movimentos sociais.

Os judeus da diáspora foram uma fonte de civilização para as nações onde se fixaram. A sua pujança económica, o seu sucesso no mundo dos negócios, nas profissões liberais, assim como as suas inovações e contribuições significativas que deram para a humanidade, suscitam a inveja e fizeram deste povo tão singular alvo de uma longa história de perseguições bárbaras em várias geografias.

Porém notabilizaram-se pela sua capacidade de sobreviver e de prosperar, mesmo diante das maiores provações e adversidades onde se incluem gigantescos massacres a que foram submetidos pelo anti-semitismo do século xx, como a sua história tem demonstrado.

As 12 tribos de Israel, antes da unificação,
Os sucessores de Moisés, liderados por Josué, após grandes batalhas e a queda de Jericó, retornaram à Terra Prometida – Canaã –, a qual foi dividida pelas doze Tribos de Israel, descendentes dos doze filhos de Jacob, neto de Abraão, este último que foi o primeiro Ebreu que há mais de quatro mil anos demandou as terras de Canaã.

Nenhum outro povo, perante as mais temíveis ameaças à sua existência, teve a perseverança de se manter vivo e unido até hoje.

Existem 57 Estados Islâmicos (todos ditaduras), e poucas críticas despertam.

Israel é apenas 0,02% do Mundo Islâmico e 0,5% do Médio Oriente, e é a única democracia da região.

Mas o Mundo vive obcecado com Israel.

Os 1300 cristãos de Gaza serão executados se se atreverem a celebrar o Natal.

A esquerda convive bem com isso e apoia o Hamas e quantos grupos terroristas há em Gaza.

Os mais graves ataques à comunidade judaica, têm a conivência encapotada da desprestigiada e decadente ONU, assim como das suas organizações satélites, onde se inclui o Tribunal Penal Internacional, organizações sequestradas pela esquerda anti-semita que apoiada pelos recursos imensos do petróleo árabe, tentar subverter os poderes e a juventude ocidental perante a passividade e colaboracionismo de aparentemente insuspeitas organizações políticas. As democracias ocidentais há muito que já deviam ter deixado de financiar estes parciais instrumentos de velhacaria contra as democracias ocidentais…

Senão vejamos.

Os ditos “palestinianos”, nada mais são do que os descendentes dos árabes muçulmanos que por volta do ano 900 da era cristã invadiram e tomaram Jerusalém onde o povo hebreu que professava a religião judaica já aí estava há mais de dois milénios e nunca desistiriam do seu solo sagrado…

A Faixa de Gaza é actualmente o epicentro deste conflito e será impossível o entendimento entre o povo Judeu e estes muçulmanos sob o domínio dos terroristas do Hamas e, até aqui, já lá vai mais de meio século, a complacência da ONU. Quando o Hamas atira misseis contra Israel – a partir de edifícios civis, mesquitas, escolas e hospitais –, a coberto da população civil, nenhum país muçulmano se manifesta contra estes ataques. Quando Israel, em sua defesa, responde aos ataques do Hamas, imediatamente, num indecoroso espectáculo de histerismo colectivo, é convocada com toda a celeridade uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para travar Israel que fica deste modo impedida de se defender, perante a inércia de um titubeante Secretário Geral...  

 

Afinal, a luta da esquerda é a mesma do Islão: esmagar judeus e cristãos, que são o maior obstáculo às respectivas versões do Paraíso na Terra!

Firmes da justeza das nossas convicções, e de muitos milhões de seres humanos, não pactuamos com visão anti-semita do mundo.

 

Com toda a simpatia por um povo injustiçado.

 

 

João Trigueiros




Notas:


[1]    O CORTEJO TRIUNFAL era aberto pelas autoridades civis e militares, às quais se seguiam os despojos mais valiosos tomados aos vencidos e, por fim, as vítimas destinadas ao sacrifício.   

[2]    A GRANDE REVOLTA JUDAICA (66-73 d.C.), liderada pelos Zelotas contra a opressão Romana, levou à Invasão da Judeia e a uma longa guerra que culminou com a destruição do Templo de Jerusalém pelas legiões romanas, após um prolongado cerco e trágico cerco em que ergueram muralhas de terra à volta desta cidade para matar os judeus pela fome. Nesta guerra quase um milhão de judeus morreram, cem mil foram escravizados e levados para o Vale do Reno (actual Alemanha), e os que escaparam fugiram para o norte da África, incluindo a área que hoje é Marrocos.

[3]    TITO FLÁVIO CÉSAR VESPASIANO AUGUSTO (39-81 d.C.), filho mais velho e sucessor do imperador VESPASIANO, foi um destacado comandante militar que esteve ao serviço de seu pai na Judeia, ao tempo da primeira guerra judaico-romana (67-70), durante o governo do imperador Nero (37-68 d.C.). 

Após essa nomeação, coube-lhe a responsabilidade de acabar com os judeus sediciosos, tarefa realizada satisfatoriamente após sitiar e destruir Jerusalém (70 d.C.), cujo templo foi demolido e incendiado. A sua vitória foi recompensada com a construção do Arco de Tito, edificado após a sua morte no ano 81 d.C., por iniciativa do seu irmão o imperador TITO FLÁVIO DOMICIANO (51- 96 d.C.), um tirano cruel que lhe sucedeu de 81-96 d.C., proclamado pela guarda pretoriana.

[4]    Os FLÁVIOS são uma dinastia de imperadores que chegou ao poder através de uma guerra civil, tendo governado Roma de 69 a 96. Dela constaram Vespasiano (69-79) e os dois filhos, Tito (79-81) e Domiciano (81-96).

[5]    Os ZELOTES – que zelam pelo nome de Deus – eram a ala mais radical do judaísmo, composta por um grupo religioso-militar com objectivos políticos que, não aceitando nenhum tipo de influência cultural estrangeira, propunha-se dar fim à dominação romana.

[6]    O POVO HEBREU aqui mencionado, refere-se à população judaica formada pelas 12 Tribos de Israel que após o Êxodo abandonaram o nomadismo e vieram dar origem ao REINO DE ISRAEL (capital em Samaria), e, ao sul deste, o REINO DE JUDÁ que deu o nome JUDEIA (capital em Jerusalém), inicialmente um estado tributário do Egipto desde o reinado se Salomão (966 a.C.) que entre muitas das suas mulheres tinha uma filha do Faraó, e depois sob o domínio Romano após a sua conquista em 63 a.C.

[7]    ABRAÃO, nascido por volta de 1800 a.C. na cidade-estado de Ur dos Caldeus (ao sul da Mesopotâmia), foi o primeiro dos patriarcas bíblicos responsável pelo desenvolvido das três grandes religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

[8]    CANAÃ é a mais antiga denominação da região correspondente à área actual de Israel (incluindo as Colinas do Golã), actuais territórios palestinos (Cisjordânia e Faixa de Gaza), de parte da Jordânia (uma faixa na margem oriental do Rio Jordão), do Líbano e de parte do litoral sul da Síria.

[9]    MAAIBRE SHESHI I (1720?-1650 a.C.), faraó do Egipto, que vários autores dizem ser de origem estrangeira, descendente de cananeus que dominaram o Delta do Nilo Orienta. Seria um Edomita natural do reino de Edom – onde se encontraram as famosas e bíblicas “minas de Salomão” –, que se situava ao sul da Judeia, e é actualmente dividido entre a Jordânia e Israel. Muito pouco conhecido, dele não ficaram documentos históricos ou monumentos, mas algumas centenas de vestígios arqueológicos em forma de sinetes/selos, espalhados por todo o Egipto e por diversos territórios com as quais mantinha contactos comerciais e diplomáticos (Canaã, Cartago, Núbia, etc.).

     Há egiptólogos que perfilham a teoria de ele ter dado início à Dinastia dos Hicsos que hoje sabemos terem tomaram poder como dinastia dominante em 1638 a.C. numa revolta após várias ondas de migração anteriores. 

[10] MOISÉS (n. 1592 a.C.?), segundo a cronologia de Jerónimo de Estridão (c. 347 – 420 d,C.), cuja existência é posta em dívida por algumas modernas abordagens críticas. A não ter sido uma criação literária, diz-se ter sido encontrado num cesto a boiar no rio Nilo, o qual foi recolhido, adoptado e criado por uma filha do Faraó reinante (Êxodo 2:10). Tornou-se um líder religioso, legislador e profeta, reconhecido no Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, ao qual os judeus atribuem a autoria da Torá, e lhe coube a tarefa de libertar o povo judeu do cativeiro no Antigo Egipto, conduzindo-o durante quarenta anos através do deserto do Sinai à Terra Prometida por Deus, de onde tinha saído quatro séculos antes fugidos da fome que assolou a Cananeia.

[11] TERRA PROMETIDA, na Bíblia Hebraica, é a designação da extensão territorial que ia do Rio do Egipto (Nilo) ao Rio Eufrates (na região do mar Morto e do mar de Quínerete), o que hoje compreenderia aos actuais territórios do Estado de Israel, Palestina, Cisjordânia, Jordânia Ocidental, sul da Síria e sul do Líbano.

[12] LIVRO DO ÊXODO é o segundo livro da Torá, assim como o segundo da Bíblia Hebraica (o Antigo Testamento dos cristãos),

[13] POVOS DO MAR são um conjunto de povos marinheiros que atacaram o Egipto Antigo e outras localidades do mar Mediterrâneo antes do Colapso da Idade do Bronze.