«Era a Misericórdia, afirma Vieira (1990), que fornecia a corda para os enforcamentos. Às vezes, por compaixão, lavavam-na em água-forte (ácido nítrico) para que partisse.
Quando tal acontecia, colocavam por cima do condenado a bandeira da Misericórdia e este era perdoado.»
(in António Romeiro, "Misericórdias do Concelho de Idanha-a-Nova", 2017, p. 21.
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Assim funcionava, e funciona, a justiça em Portugal, com políticos, banqueiros e capatazes políticos vários.
Com atrasos e delongas, inquéritos intermináveis, encobrimentos, erros processuais, recursos infindáveis, impunidades cúmplices, deixando os salafrários à solta até à prescrição…
“Para fazer a justiça é preciso tempo”, sentenciou um polémico juiz de um dos casos mais mediáticos que se arrasta há mais de dez anos”. O tempo necessário para “tratar” a corda com a água-forte de modo a que esta rebente? … questionamos nós.
Depois vem a “irmandade” e coloca sobre eles a bandeira do perdão…
Temos o país que merecemos, no intervalo do futebol e da telenovela…
Acontece que entre esta justiça e a pornografia pura e dura não há diferença.
Por isso, aqui deixo um grande abraço de remissão a todos os corruptos Lusos que aguardam a corda embebida em água-forte ....