D. PELAYO (685? – 737), Espanha, Astúrias, Cangas de Onis. |
Perante
a actual e silenciosa invasão islâmica da Europa, da qual participam muitos "sicários da
facada", vamos vendo alguns autarcas Lusos a promoverem a construção de
mesquitas, numa traição sem nome à memória de Pelágio.
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PELÁGIO e a reconquista
cristã*
«Mais ou menos no início do oitavo século depois de Cristo, por volta do ano 711, a Península Ibérica foi invadida por hordas de muçulmanos, comandadas por Tarik ibn-Ziyad, o que levou os visigodos cristãos que viviam na Ibéria a recuar para norte, principalmente para as Astúrias que, pelas suas características de altas montanhas escarpadas, colocava grandes dificuldades ao domínio muçulmano. O período entre os anos 711 e 1492, foi palco da recristianização da região, ocorrendo, por isso, longo processo de lutas contra os muçulmanos. É durante esta fase que se dá o aparecimento do Reino de Portugal e de diversos outros na Península Ibérica. Chamamos Reconquista Cristã ao movimento cristão que visava à recuperação pelos Visigodos cristãos das terras perdidas para o islamismo.
Astúrias, Picos da Europa. |
Os muçulmanos não conseguiam ocupar a região montanhosa das Astúrias onde resistiam muitos visigodos e foi aí que surgiu Pelágio (ou Pelaio) que se pôs à frente dos refugiados, iniciando imediatamente um movimento de guerrilha.
A guerrilha tinha, como já
dissemos, um objectivo: reapoderarem-se das suas terras e de tudo o que nelas
existia. .
Vamos então falar de
Pelágio.
Pelágio, ou Pelayo, foi o
fundador do Reino das Astúrias e o seu primeiro rei entre 718 e 737.
Dom Pelágio, juntamente com
outros nobres Visigodos foram presos em 716, por ordem de Munuza, o governador
muçulmano das Astúrias, e enviados para a sede do reino, em Córdova.
Pelágio conseguiu fugir, e
voltou para as Astúrias refugiando-se nas montanhas de Cangas de Onis. Em 718,
D. Pelágio reuniu um grupo de seguidores e iniciou a resistência ao invasor
islamita, inicialmente com escaramuças contra pequenos destacamentos militares
das povoações e, mais tarde, em luta aberta.
Astúrias, Santuário de Covadonga. |
Em 722, o wali Ambasa enviou um grande contingente militar contra os resistentes de Pelágio. Este acabou por vencer nas altas montanhas de Covadonga. Esta batalha é considerada como o ponto de partida da reconquista cristã.
Após esta vitória, o povo
asturiano uniu-se e rebelou-se provocando muitas baixas entre os mouros. O
governador, Munuza, organizou outra força para confrontar o exército rebelde.
mas Pelágio venceu novamente e Munuza morreu. Pelágio foi aclamado rei e fundou
então o Reino das Astúrias instalando a, sua corte em Cangas de Onís.
Astúrias, Santuário de Covadonga, Tumba de Pelágio (685?–737). |
Com o reino consolidado, D. Pelágio, veio a falecer de morte natural em Cangas de Onís, no ano 737. Foi sepultado na igreja de Santa Eulália de Abamia, próxima a Covadonga que ele havia fundado. Nesta igreja ainda existe o dólmen sob o qual ele foi inicialmente sepultado. Posteriormente seus restos foram trasladados por Alfonso X para o Santuário de Covadonga. De sua mulher Gaudiosa, teve Fávila, seu sucessor no trono, e Ermesinda, que viria a desposar D. Afonso I, de Astúrias, filho de Pedro, duque da Cantábria. As altas montanhas desta zona asturiana são designadas de PICOS DA EUROPA.»
*Créditos: Joaquim Nogueira,
no seu blogue «NOVAS ... Um pouco do saber para todos»
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