2021-07-09

PELÁGIO, ou PELAYO (685?–737) - Invasão islâmica na Península Ibérica.

 

D. PELAYO (685? – 737),
Espanha, Astúrias, Cangas de Onis.


PELÁGIO, ou PELAYO (685? – 737)
Um dos primeiros chefes visigodos a enfrentar a invasão islâmica na Península Ibérica.

Perante a actual e silenciosa invasão islâmica da Europa, da qual participam muitos "sicários da facada", vamos vendo alguns autarcas Lusos a promoverem a construção de mesquitas, numa traição sem nome à memória de Pelágio.

PELÁGIO e a reconquista cristã*

«Mais ou menos no início do oitavo século depois de Cristo, por volta do ano 711, a Península Ibérica foi invadida por hordas de muçulmanos, comandadas por Tarik ibn-Ziyad, o que levou os visigodos cristãos que viviam na Ibéria a recuar para norte, principalmente para as Astúrias que, pelas suas características de altas montanhas escarpadas, colocava grandes dificuldades ao domínio muçulmano. O período entre os anos 711 e 1492, foi palco da recristianização da região, ocorrendo, por isso, longo processo de lutas contra os muçulmanos. É durante esta fase que se dá o aparecimento do Reino de Portugal e de diversos outros na Península Ibérica. Chamamos Reconquista Cristã ao movimento cristão que visava à recuperação pelos Visigodos cristãos das terras perdidas para o islamismo.

Astúrias, Picos da Europa.

Os muçulmanos não conseguiam ocupar a região montanhosa das Astúrias onde resistiam muitos visigodos e foi aí que surgiu Pelágio (ou Pelaio) que se pôs à frente dos refugiados, iniciando imediatamente um movimento de guerrilha.

A guerrilha tinha, como já dissemos, um objectivo: reapoderarem-se das suas terras e de tudo o que nelas existia. .

Vamos então falar de Pelágio.

Pelágio, ou Pelayo, foi o fundador do Reino das Astúrias e o seu primeiro rei entre 718 e 737.

Dom Pelágio, juntamente com outros nobres Visigodos foram presos em 716, por ordem de Munuza, o governador muçulmano das Astúrias, e enviados para a sede do reino, em Córdova.

Pelágio conseguiu fugir, e voltou para as Astúrias refugiando-se nas montanhas de Cangas de Onis. Em 718, D. Pelágio reuniu um grupo de seguidores e iniciou a resistência ao invasor islamita, inicialmente com escaramuças contra pequenos destacamentos militares das povoações e, mais tarde, em luta aberta.

Astúrias, Santuário de Covadonga.

Em 722, o wali Ambasa enviou um grande contingente militar contra os resistentes de Pelágio. Este acabou por vencer nas altas montanhas de Covadonga. Esta batalha é considerada como o ponto de partida da reconquista cristã.

Após esta vitória, o povo asturiano uniu-se e rebelou-se provocando muitas baixas entre os mouros. O governador, Munuza, organizou outra força para confrontar o exército rebelde. mas Pelágio venceu novamente e Munuza morreu. Pelágio foi aclamado rei e fundou então o Reino das Astúrias instalando a, sua corte em Cangas de Onís.

Astúrias, Santuário de Covadonga,
Tumba de Pelágio (685?–737).


Com o reino consolidado, D. Pelágio, veio a falecer de morte natural em Cangas de Onís, no ano 737. Foi sepultado na igreja de Santa Eulália de Abamia, próxima a Covadonga que ele havia fundado. Nesta igreja ainda existe o dólmen sob o qual ele foi inicialmente sepultado. Posteriormente seus restos foram trasladados por Alfonso X para o Santuário de Covadonga. De sua mulher Gaudiosa, teve Fávila, seu sucessor no trono, e Ermesinda, que viria a desposar D. Afonso I, de Astúrias, filho de Pedro, duque da Cantábria. As altas montanhas desta zona asturiana são designadas de PICOS DA EUROPA.» 

*Créditos: Joaquim Nogueira, no seu blogue «NOVAS ... Um pouco do saber para todos»


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