2010-04-10

Misses e Mitos


No palco
o gado bamboleia
as ancas
e o nojo
na aridez das formas
poliglotas.

É medido a palmos
e o cio
dos aprumos
saboreado
no mole gosto
da língua salivando.

Em loucas cortesias
tomam-lhe o peso
ponderam-lhe o bojo
e a carne
na fraude consumada
de uma sesta.

Comparam-lhe os cascos
a implantação do ventre
as formas
de animais paridos
e duvidosos
na aridez dos tempos.

Da geografia das tetas
a litro avaliada
aprende-se o caminho
como quem tacteia
num violino
as tretas dos acordes.

O júri ocioso
tecido numa teia
mastiga bem de leve
suspira mais que nunca
e patenteia
a pequenez do cérebro.

Elege a misse
a rainha
e no mundo
a deita
durante um ano

para que fique prenhe !


J.T. - 3-MAIO-73

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