2025-02-03

MIGUEL SOUSA TAVARES e a POCILGA ONDE CHAFURDA

 

«A mentira e o terrorismo matam, a primeira vítima é imprensa quando opta por dar palco a uma distorção grotesca dos valores ocidentais, não distinguindo entre democracia e organizações terroristas, e que, de descrédito em descrédito, caminha para a irrelevância no pilar central da sua missão de oferecer informação fidedigna

                                      * Sofia Afonso Ferreira (Democracia 21)

  

Agora mesmo (21,30 de 30-1-2025), no Jornal da Noite da parcial TVi, acabei de ver mais uma indecorosa entrevista do jornalista José Alberto Carvalho ao infame Miguel Sousa Tavares.

As barbaridades sobre o ESTADO DE ISRAEL e a “PALESTINA”, bolçadas por este auto-intitulado jornalista, aproveitando o palco que lhe dão para atropelar a História, o bom senso e a justiça, tentando fazer lavagem ao cérebro dos espectadores, ou, o mais provável, por pura ignorância, quiçá sobre os efeitos rutilantes de um jantar excessivamente regado… É grotesca a sua tese calhordas da chegada dos judeus à Terra Santa com o fim da II Guerra Mundial.

Para discorrer sobre esta matéria é preciso ser-se minimamente culto, inteligente, conhecedor da História da Europa e do Mundo; qualidades estas que não reconhecemos a um qualquer impostor que se dedica ao terrorismo do ecrã, perfilando-se ao lado negro da bestialidade Socialista.

Perante tanto dislate, a discussão sob uma ética de punhos de renda já não se aguenta, compelindo-nos a descer ao nível da chinela para que estes mercenários possam entender…, pois, qualquer antropólogo que queira estudar/interagir com elementos de uma sociedade primitiva de aborígenes, o que terá a fazer é vestir um saiote de fibras naturais, atravessar um osso no nariz e decorar o corpo com penas. Há casos em que meia dúzia de garrafas de rum debaixo do braço chegarão…

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Perante a passividade molenga e cúmplice do entrevistador, resta-nos passar ao esclarecimento resumido sobre os israelitas e os alegados palestinianos, em relação com o solo que ocupam:

Os “TERRITÓRIOS PALESTINOS” começaram por ser uma concepção geográfica localizada inicialmente num escasso território cujo conceito se foi alargando a uma área cada vez mais extensa, em cuja pertença se incluía a “Terra Prometida” por Deus aos judeus israelitas, segundo a Bíblia hebraica.

Na realidade, a identidade nacional palestina tem sido afirmada somente desde a segunda metade do século XX, originando reivindicações territoriais que levaram ao conflito árabe-israelense, com o aparecimento de grupos terroristas que sistematicamente atacam Israel e negam o direito do povo Judeu, e do Estado de Israel, à sua existência num território que ocupam há muitos milhares de anos e no qual sobrevivem apenas devido à sua grande resiliência.

Após a 2.ª Guerra Mundial, devido à sistemática perseguição do povo israelita, a ONU, então ainda uma instituição respeitável e com alguma independência, diligenciou a criação do Estado de Israel que se efectivou em 14-V-1948 como forma de reparação pelo Holocausto, num território sobre o qual eles tinham incontestáveis direitos históricos e estava então sobre o mandato britânico para a Palestina.

Ao mesmo tempo criou-se um governo árabe palestino (seja lá o que isso quererá dizer) na Faixa de Gaza, liderado pela “Fatah”, governo este que após uma guerra civil em 2007 foi rechaçado por povos árabes sunitas sob a égide do grupo terrorista do Hamas – Movimento de Resistência Islâmica, o qual pretende estabelecer "um estado islâmico em toda a Palestina", preconizando a destruição do povo judaico e do Estado de Israel.

Posteriormente, o conflito agudizou-se, pois, a parcial ONU, sob a égide de um secretário-geral socialista de duvidosa eficácia e independência, apoiado por uma maioria de ditaduras socialistas e comunistas, assim como por narco-estados e autocracias despóticas que lhe vão dando cobertura a todas as resoluções contra Israel. Para agravar esta situação, a decadente ONU vai deixou-se infiltrar nas suas organizações humanitárias (ACNUR) por agentes ao serviço dos movimentos terroristas que combatem Israel, como recentemente foi posto a descoberto… 

Em rigor, o povo judeu – filhos de Judá – é palestiniano porque ocupa este espaço geográfico há muitos milhares de anos. A palavra Palestina deriva do grego Filístia (Philistia, Filistina dos Filisteus), que deu a Palestina.

A designação de Philistia (Palestina), foi-lhe conferida pelos autores da Grécia Antiga, devido ao facto de, a partir da milenar cidade de Gaza em direcção ao Norte, aí se terem fixado no século XII a.C. os filisteus, povo presumivelmente vindo do Mar Egeu (Grécia), os quais detinham alguma superioridade militar, pois já estavam na idade do ferro enquanto os Israelitas ainda permaneciam na era do bronze quando estes aí chegaram.

A provável origem dos filisteus originais, é creto-miceniana e aqui chegaram nas vagas dos chamados "Povos do Mar",  estabelecendo-se em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo e aí expandiram uma cultura comercial marítima que se espalhou por todo o Mediterrâneo (1 500 a.C. a 300 a.C.), a qual chegou à Península Ibérica onde vieram em busca de prata e aqui foram designados por Fenícios, cuja grande originalidade foi a suposta criação do primeiro alfabeto fonético, curiosamente falando o  idioma fenício que pertencia ao grupo canaanita, sendo considerada uma língua irmã do hebraico. A sua língua e religião, pouco separa os fenícios das outras culturas da região de Canaã.

Na tradição bíblica, os filisteus (os verdadeiros palestinianos, geograficamente falando), ainda hoje são considerados de origem controversa ou incerta, pois desconhecemos se originalmente foram um só povo, ou uma confederação de povos, que segundo alguns autores seriam oriundos de Caftor, termo associado à ilha de Creta. Este povo é igualmente referido nos escritos do Antigo Egipto, por onde também passou e foram repelidos, pois, quase sempre devido à sua cultura e costumes bem diversos dos demais povos da região. Estiveram sempre em guerra com seus inimigos hebreus e restantes povos vizinhos que os achavam "bárbaros incivilizados". Esta rejeição, apesar de estarem civilizacionalmente mais avançados em vários campos – escrita, metalurgia, rotas comerciais, etc. – terá ficado a dever-se à sua organização tribal e à prática pagã de fazerem sacrifícios humanos que incluíam crianças. Porém foram conquistados pelos assírios no século VIII a.C., e posteriormente pelos babilónios, desaparecendo por terem sido assimilados por estes povos.

No século II a.C. os romanos conquistaram a Síria e a Judeia à qual deram o nome de Síria Palestina, nome usado desde então para referir esta região que foi o berço do Cristianismo. Mas este termo geográfico de “Palestina”, para se referir a uma pretensa nação, só surgiria nos anos 40 do século XX, quando começou o processo de descolonização do Oriente Médio.

O território a que hoje chamamos Israel, era uma possessão sob a regência inglesa que foi cedido pelos colonizadores aos judeus e aos árabes que então aí habitavam. Ninguém tirou nada a ninguém, porque na altura não havia "Palestina" – que era uma designação meramente geográfica e jamais um povo ou um Estado – e muito menos habitado por "palestinos", os quais são uma criação de Yasser Arafat (um egípcio nascido no Cairo), no intuito de desapossar os judeus daquelas terras ancestrais onde estavam desde há muitos milhares de anos.

O povo Hebreu (Éber+Ivrim = "povo do outro lado do rio"), que na mais longínqua antiguidade se designava a si próprio por Israelita – termo caído temporariamente em desuso após a segunda metade do século X a.C. –, o qual num nomadismo de cerca de 40 anos errou pelo deserto do Sinai e veio fixar-se numa região a oeste do Mar Morto. Aí chegados, pouco a pouco, e pelas armas, reocuparam as margens do Mediterrâneo e do norte de Canaã – a Terra Prometida –, da qual tinha debandado vários séculos antes.

O que hoje alguns apelidam de "palestinos" são na realidade muçulmanos vindos muito posteriormente de países como o Egipto, a Síria, o Iraque que criaram aquele enclave de Gaza (com a ajuda dos mídia e dos políticos anti-semitas) para expulsarem Israel do seu território.

O que esta gente tenta fazer a Israel, já fizeram ao Líbano – um país que foi maioritariamente cristão e hoje vive no maior barbarismo –, já fizeram à Índia com o Paquistão, e estão a tentar fazer nos vários países da Europa: é a invasão do “Primeiro Mundo” pelo “Sul Global”, eufemismo criado para mascarar a substituição populacional em curso, que está a transformar as cidades Europeias numa espécie de cidades do terceiro mundo.

Os judeus da diáspora (da 1.ª diáspora ao tempo dos romanos) foram uma fonte de civilização para as nações onde se fixaram. A sua pujança económica, o seu sucesso no mundo dos negócios, nas profissões liberais, assim como as suas inovações e contribuições significativas que deram para a humanidade, suscitam a inveja e fizeram deste povo tão singular alvo de uma longa história de perseguições bárbaras em várias geografias.

Porém notabilizaram-se pela sua capacidade de sobreviver e de prosperar, mesmo diante das maiores provações e adversidades onde se incluem gigantescos massacres a que foram submetidos pelo anti-semitismo do século XX, como a sua história tem demonstrado.

Os sucessores de Moisés, liderados por Josué, após grandes batalhas e a queda de Jericó (então com mais de 9.000 anos), após escaparem da escravidão no Egipto, retornaram à Terra Prometida – Canaã –, a qual foi dividida pelas doze Tribos de Israel, descendentes dos doze filhos de Jacob, neto de Abraão, este último que foi o primeiro Ebreu que há mais de QUATRO MIL ANOS demandou as terras de Canaã. Estes povos vieram dar origem ao REINO DE ISRAEL (capital em Samaria), e, ao sul deste, o REINO DE JUDÁ que deu o nome JUDEIA (capital em Jerusalém), inicialmente um estado tributário do Egipto desde o reinado se Salomão (966 a.C.) que foi casado com uma filha do Faraó, e depois ficou sob o domínio Romano após a sua conquista em 63 a.C.

Nenhum outro povo, perante as mais temíveis ameaças existenciais, teve a perseverança de se manter vivo e unido até hoje.

Existem 57 Estados Islâmicos (todos ditaduras), e poucas críticas despertam. Israel é apenas 0,02% do Mundo Islâmico, 0,5% do Médio Oriente, sendo a única democracia da região. Mas o Mundo vive obcecado com Israel. Apesar da sua insignificância numérica em termos populacionais, o povo judaico já arrebatou cerca de 20% dos prémios Nobel do mundo, sendo nos campos da Ciência e Tecnologia um dos povos mais desenvolvidos do planeta.

Os mais graves ataques à comunidade judaica, têm a conivência encapotada da desprestigiada e decadente ONU, assim como das suas organizações satélites, onde se inclui o TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL, organizações sequestradas pela esquerda anti-semita que apoiada pelos recursos imensos do petróleo árabe, tentar subverter os poderes e a juventude ocidental perante a passividade e colaboracionismo destas aparentemente insuspeitas organizações políticas. As democracias ocidentais há muito que já deviam ter deixado de financiar estes parciais instrumentos de velhacaria contra o civilizado mundo ocidental…

Um exemplo desta perseguição a Israel é a promovida pelo Tribunal Penal Internacional, na pessoa do seu procurador KARIM ASAD AHMAD KHAN (n. Edimburgo, 1970), advogado do Reino Unido, com um nome bem inglês (?) que denota a sua provável origem iraniana ou palestiniana…, o qual, anteriormente, já ocupou o cargo de Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas nomeado pelo Socialista ANTÓNIO GUTERRES, Secretário-Geral das Nações Unidas…

 Senão vejamos.

Os ditos “palestinianos”, nada mais são do que os descendentes dos árabes muçulmanos que por volta do ano 900 da era cristã invadiram e tomaram Jerusalém onde o povo hebreu que veio a professar a religião judaica já aí estava há mais de dois milénios e nunca desistiriam do seu solo sagrado…

A Faixa de Gaza é actualmente o epicentro deste conflito e será impossível o entendimento entre o povo Judeu e estes muçulmanos sob o domínio dos terroristas do Hamas e, até aqui, já lá vai mais de meio século, a complacência da ONU.

Quando o Hamas bombardeia Israel – a partir de edifícios civis, mesquitas, escolas e hospitais –, a coberto da população civil, nenhum país muçulmano se manifesta contra estes ataques bárbaros. Quando Israel, em legítima defesa, responde aos ataques do Hamas, imediatamente, num indecoroso espectáculo de histerismo colectivo é convocada com toda a celeridade uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para travar Israel que fica deste modo impedida de se defender, perante a inércia de um titubeante Secretário Geral...  

Afinal, a luta da esquerda é a mesma do Islão: esmagar judeus e cristãos, que são o maior obstáculo às respectivas versões do Paraíso na Terra!

Sobre a antiguidade da PRESENÇA JUDAICA nessa região, que a sua ignorância, ou má fé, afirmou ser quase inexistente até à data da moderna fundação do estado de ISRAEL, vou lhe citar a GRANDE REVOLTA JUDAICA (66-73 d.C.).

Cortejo Triunfal de Tito em Roma, com o saque do Templo de Jerusalém
Arco de Tito no Fórum Romano (82 d.C), Século I.


Esta foi liderada pelos Zelotas, a ala mais radical do judaísmo que se rebelou contra a opressão Romana, o que levou à Invasão da Judeia e a uma longa guerra que culminou com o saque e destruição do (2.º) Templo de Jerusalém pelas legiões romanas, após um prolongado e trágico cerco em que ergueram muralhas de terra à volta desta cidade para matar os judeus pela fome. Nesta guerra quase um milhão de judeus morreram, cem mil foram escravizados e levados para o Vale do Reno (actual Alemanha), e os que escaparam fugiram para o norte da África, incluindo a área que hoje é Marrocos. Muitos deles terão ficado dissimulados na terra onde nasceram, na qual se perpetuaram até hoje.

Outro dos símbolos identitários que atesta a antiguidade de Israel é a ESTRELA DE DAVI, ou "estrela de seis pontas", inicialmente um símbolo pessoal do rei Davi, pai de Salomão, foi tomada por símbolo do judaísmo e atualmente do Estado de Israel que, deste modo, valoriza as diferenças e particularidades deste grupo religioso. É constituída por dois triângulos sobrepostos, iguais, tendo um a ponta para cima e outro para baixo.

Com uma existência de muitas dezenas de séculos, está esculpida em diversos blocos de pedra com os quais os Israelitas construíram, há mais de 2900 anos a plataforma que sustenta o Santuário no Monte Moriah, ou Moriá.

Este templo, hoje desaparecido, foi edificado por Salomão e era o mais sagrado templo do Judaísmo sobre o qual os árabes muçulmanos que aí chegaram muitos séculos depois vieram a edificar o “Domo do Rocha” ou “Cúpula da Rocha” (século VII), um dos mais sagrados templos do Islão que ocupou este espaço muitos séculos depois dos judeus.

 

Firmes da justeza das nossas convicções, e de muitos milhões de seres humanos, não pactuamos com visão anti-semita do mundo.

É esta malandragem que o alegado jornalista defende na sua abstrusa presunção, porque desconhece totalmente a história milenar deste povo. 

Terá que voltar à escola, pois, certamente, faltou a estas aulas…

      

                JT