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Bandeira da Carbonária |
A
propósito do novo logótipo do governo sobre a bandeira nacional, implementado em
Julho de 2023, este assemelha-se mais à bandeira do Mali do que à bandeira de
Portugal. Deste novo grafismo consta um retângulo vertical verde, um enorme
círculo amarelo, um quadrado encarnado, e terá custado mais de 70 mil euros.
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Logo do governo português |
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Projetos de bandeiras republicanas |
A
BANDEIRA PORTUGUESA em uso, resultou da seleção feita pela Comissão da Bandeira
(criada a 15-out.-1910), após a implantação da República. Esta teve que
escolher entre 28 projetos, qual deles o pior, pois o bom senso e bom gosto
parece não ter bafejado os destacados republicanos que se dividiram em dois
grupos: o da manutenção da bandeira bicolor com as cores azul/branco, mantendo
a tradição; e o das cores verde/rubra, pretensamente progressista, que na realidade,
tal como a esfera armilar e o escudo das quinas, mais não são do que um
decalque iniludível da bandeira da Carbonária (o braço armado dos republicanos),
ignomínia esta aos símbolos nacionais que toda a gente parece querer esconder
ou ignorar…
Apesar
de algumas bandeiras azul/branca de design aceitável, a escolha não foi
pacífica e, longe da perfeição estética, deixou-se prevalecer o mau gosto e o
insulto à tradição…
Imagine,
o leitor, duas pessoas vestidas: uma com um terno verde e calça vermelha; a outra
de terno azul e calça branca. Deste exemplo, muito simples, infira o mau gosto!
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Bandeira portuguesa. |
O grande poeta Fernando Pessoa, escreveu, e com razão:
«“O
regime [republicano] está, na verdade, expresso naquele ignóbil trapo que,
imposto por uma reduzidíssima minoria de esfarrapados morais, nos serve de
bandeira nacional — trapo contrário à heráldica e à estética, porque duas cores
se justapõem sem intervenção de um metal e porque é a mais feia coisa que se
pode inventar em cor. Está ali contudo a alma do republicano português — o
encarnado do sangue que derramaram e fizeram derramar, o verde da erva de que,
por direito mental, devem alimentar-se.”» (citado de Nuno Borrego, investigador
e genealogista)
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Bandeira da Presidência da República (com o campo "verde erva") |
No Palácio de Belém, outrora da Casa Real, desfralda-se agora a bandeira da Presidência da República sempre que o mais alto magistrado da nação lá está. Esta, curiosamente, apresenta um campo "verde erva" que, segundo Fernando Pessoa, "por direito mental, [com ele] devem alimentar-se" os republicanos...
Tudo
isto, porque andam por aí umas sebosas avantesmas a por em questão as insígnias
nacionais, e a querer reformula-las, aos quais queremos lembrar que uma
substituição deste símbolo maior só se for pela bandeira azul e branca da
tradição, á qual, por hipótese admitiríamos a retirada da esfera armilar (por
já não termos um império colonial), assim como a respectiva coroa real (por já
não sermos um regime monárquico).
JT