2022-10-07

SOBRE UMA DATA DE NÉSCIOS QUE NA ASSEMBEIA DA REPÚBLICA SE OPÔEM À CASTRAÇÃO QUÍMICA.

 



Faz-nos bastante impressão que sejam os presidentes da Assembleia da República (AR), já há alguns anos, os primeiros a erguer a bandeira contra a quase inócua castração química. Não querem proteger as nossas crianças? Porque será?


O Partido CHEGA, na sua última proposta, foi mimoseado na AR por parte de um punhado de trogloditas com «gestos e interrupções que marcam chumbo da castração química no Parlamento» (07 out, 2022; Pedro Valente Lima).

 

«O debate sobre a proposta do Chega [sobre a castração química] fez disparar tensões no plenário, com os deputados do partido a importunar os discursos. A bancada foi advertida pelos gestos insultuosos que, pelo meio, até relembraram os "cornos" que levaram à demissão de Manuel Pinho no tempo de Sócrates.»

 

Salientamos que a CASTRAÇÃO QUÍMICA é uma forma temporária de castração, ocasionada por medicamentos hormonais usados para reduzir a libido, a actividade sexual de quem não consegue controlar os seus criminosos impulsos.

Para o efeito usa-se o acetato de medroxiprogesterona (AMP) ou acetato de ciproterona (CPA), MEDICAMENTOS usados em todo o mundo para tratar desvios da conduta sexual (parafilias).

Isto nada tem a ver com a castração cirúrgica, quando os testículos são removidos através de incisão no corpo.



SEJAMOS SÉRIOS, SEUS NÉSCIOS, ditos representantes do povo, a castração química não castra a pessoa, e também não é uma forma de esterilização.

 

Ela é adoptada em vários países tais como a INDONÉSIA, RÚSSIA, POLÓNIA e alguns estados dos EUA, etc., funcionando como uma medida preventiva ou de punição àqueles que tenham cometido crimes sexuais violentos, tais como estupros e abuso sexual infantil, geralmente oferecido de forma voluntária em troca de uma redução na pena.

 


É ISTO – E SÓ ISTO – QUE ESTÁ EM JOGO, para tranquilidade da vida social e segurança das nossas mulheres e crianças…

Na vossa visão estrábica e passividade bovina, continuem a olhar para o lado e não resolvam este problema. Porém, depois, não se venham queixar dos VIKTOR ORBÁN (Hungria) deste mundo….

2022-10-06

PROCURA-SE RETRATO PERDIDO (início do século XVIII) PARA FINS DE ESTUDO



D. Mariana Antónia do Resgate de Saldanha
Corte-Re
al da Câmara (1784-1848),
 3.ª Condessa da Lousã 


D. MARIANA ANTÓNIA DO RESGATE DE SALDANHA CORTE-REAL DA CÂMARA (1784-1848), 3.ª Condessa da Lousã e senhora do morgado de Cadafais, Alenquer, era filha única do primeiro casamento de D. Luís António de Lancastre Basto Baharem (1751-1830), 2º conde da Lousã, com D. Maria Rosa de Saldanha Rohan da Camara (1753-1786).

Foi casada com D. DIOGO JOSÉ FERREIRA DE EÇA E MENESES (1772-1862), um dos quatro filhos de D. Rodrigo José António de Meneses (1750-1807), 1.º conde de Cavaleiros, e neto de D. Pedro José de Alcântara de Meneses Noronha Coutinho (1713-1799), 4º marquês de Marialva.    

 

Este retrato fazia “pendant” com o de seu marido, cuja localização conhecemos, com as mesmas dimensões e moldura igual, da autoria de Henrique José da Silva (Lisboa,1772 – Rio de Janeiro, 1834),  primeiro director da Academia Imperial de Belas Artes do Brasil.

O seu paradeiro é desconhecido e dele só nos resta esta má representação fotográfica a preto e branco.

Supostamente foi pintado por volta de 1801, altura do seu casamento aos 17 anos de idade.

 

Está representada sob um fundo com uma paisagem de cenografia muito discreta, a pouco mais de meio corpo e sentada de frente, com um rico vestido drapejado sob uma echarpe ondulante sobre os ombros, apresentando uma grande incidência de luz sobre o rosto pálido e um pescoço desnudado por um amplo decote, assim como mangas curtas e tufadas. O penteado liso achata-se e ostenta uma fiada de pérola. Com o braço direito apoiado segura o longo cabelo liso que vem desse lado até à cintura, caindo o braço esquerdo com naturalidade sobre o regaço onde segura um pequeno cão de companhia – o “bichom havanês” que mal chegava aos 20 cm de comprimento e estava em moda na alta sociedade da época.

 

Por morte desta senhora, e posteriormente do seu marido D. Diogo, ambos falecidos sem geração, este quadro passou por herança a uma das suas sobrinhas que faleceu também ela sem herdeiros directos, sendo então este quadro leiloado no primeiro quartel do século XX (?).

Posteriormente, este retracto voltou a aparecer num leilão feito a 17-XI-1962 pela firma «Leiria e Nascimento», no qual foi vendido parte do recheio do palacete da Quinta do Bom Nome em Carnide, onde este quadro se encontrava, pertencente ao 2.º Visconde de Juromenha que foi um reputado investigador e coleccionador de arte e antiguidades.

Neste leilão o citado retracto estava referenciado como «Pintura 312 / Retracto de Senhora/ Pintura a óleo sobre tela / Escola Francesa / séc. XVIII [o que é errado] / Alt. 1,09; Larg. 0,85».

A citada firma leiloeira não tinha nessa época catálogos anotados que nos permitam chegar ao comprador, pelo que supomos perdido o rasto desta notável obra que eventualmente poderá ter sido vendida para o estrangeiro.

A quem conhecer o paradeiro deste quadro, agradecíamos a informação. Dela apenas pretendemos uma boa foto e o seu estudo para atribuição da sua autoria.

Obrigado.

JT

 

 

Informação complementar:

https://heraldicagenealogia.blogspot.com/2019/08/evora-casa-do-morgado-dos-azeredo-sec.html